quarta-feira, julho 13, 2005

48 horas de viagem relâmpago.....


....com cheiro de vento e textura de simplicidade.

Ela + ela eram queridas há tempos, mesmo antes das apresentações em carne, ossos e sorrisos. e tudo isso por conta dele, que faz das histórias de vida de cada uma assuntos compartilhados por todas. e, não, eu não acho que isso seja nada ruim.

Teve noite dormida em Guará, mas não era JUCA. Teve manhã e tarde em Cunha, com temperatura variando a cada sombra, cachoeiras só pra molhar os dedinhos das mãos, workshop básico de fornos para cerâmica e o melhor lanhce em termos de custo-benefício: R$ 1,00 para um pão francês, mortadela e queijo. Sensacional.

Descida Cunha-Paraty pela Estrada Real porque, afinal, nós adoramos uma aventurinha. Só não achamos tão divertido quando os pneus da super-pálio-weekend-azul começaram a queimar. E, justiça seja feita, eram mais de 9 km de terra e curvas estreitíssimas, para 5 marmanjos dentro, em um carro que já fez muitas andanças.

Parada pra usar o banheiro do artesão-que-ouvia-música-clássica-enquanto-fazia-a-escultura-de-argila-que-caiu-no-chão-e-perdeu-a-cabeça-que-ele-logo-transformou-em-qualquer-outra-peça.
(algumas situações na vida são lastimáveis, não? amaldiçoei o diurético quando percebi que a porta do banheiro estava rachada ao meio, e a parte que ficava à mostra era exatamente a que eu precisava usar. é, foi ridículo, eu sei......)

E antes de chegar a cidadezinha que respirava Clarice Lispector, nós encontramos o alambique e a doce gabriela (melaço, cravo e canela e eu espero que o pai da menina-que-brilha tenha gostado do presentinho). Ah!! E lá estava também a cachoeira que eu não sei o nome e o aviso don''t surf on the rocks, it's dangerous! (piada interna: don't feed the quatis, quatis are bad animals!) blá!

Paraty foi mesmo só pra dizer que não passamos pela Festa Literária Internacional. Durou menos de três horas, e saímos de lá felizes depois do pequenino ataque de consumismo (e o sabonete de camomila é mesmo uma delícia).

Balsa para Ilhabela poucos antes do início da madrugada. Nós acabados de sono e as pessoas ao redor empolgadíssimas para a balada. Destaque para o Gol vermelho ao nosso lado, pronto para uma corrida em Interlagos com seu turbo-de- meia-tigela.

Boa vontade quase infinita da dona da casa e do namorado, conversas e risadas até altas horas e cama quentinha, sono tranquilo de satisfação. Tudo bem que me disseram que levei um soco na cara por causa de uma tal espreguiçada, mas perdoei assim que abri os olhos.

Domingo de provincianismo, pouca ou nenhuma vontade de voltar ao todo-dia. Era divertido, sem a ditadura da diversão, sem ter que ser o que não se é. Tinha empatia aos montes. Óbvio que voltei mais leve, alegrinha em descobrir as coisas que nos tornam todos comuns. E feliz de verdade porque o querer bem é mútuo, ainda mais real e não é em vão. Elas e ele são ainda mais queridos.


2 comentários:

Anônimo disse...

Que delícia!

Beijo,

Fábio

bhuda disse...

Ju, minha-amiga-de-cabelos-amarelos-que-adora-viagens-comida-amigos que legal q viagem, pelo jeito gostou muito....

ainda precisamos fazer uma todos juntos, incluindo os babies...