entre os suspiros e o livreco

passei o feriado entre suspiros. não, nada de doces.... foram os suspiros de puxar bem o ar para dentro dos pulmões, e depois cuspir tudo devagar. a cada suspiro, vinha uma sensação de alívio que parecia estar fora de contexto.

continuo tccendo durante os intervalos entre dorme-trabalho-comida-banho-trânsito mas, nessa reta final, vem uma mistura de ansiedade e desespero junto com as letrinhas sobre as festas das virgens de Copacabana e Urkupiña. segundo nosso cronograma, até domingo tudo que tem que estar terminado. e o TUDO significa textos escritos e editados. a revisão e diagramação ficam pra depois.

no meio de meus ataques de lucidez, isso fica parecendo impossível. muita coisa, muita, muita coisa... eu cada vez mais pamonha.... e, ao mesmo tempo, eu sei que vai estar pronto, porque TEM que ficar.

ontem, antes de cair de uma vez no sono eterno, tive os minutos de flagelo: por que raios eu não fiz isso melhor?
sabe aqueles dias em que deu preguiça, em que a força de vontade de sentar a bunda na cadeira e escrever tudo num fluxo de consciência, pra só editar depois, foi menor que a nhaca? por que não olhei com mais calma, não pensei antes em alternativas..... ???
o monte de questionamentos óbvios, que no fundo eu também sabia que viriam. fiquei triste. tristezinha raza.... mas, não dá muito tempo de pensar nela também.

está acabando, é a angústia do final de um ciclo. ela vem, sempre vem, mesmo quando dura pouco.

nos desejem sorte? hum? porque as vibrações positivas nunca são além da conta.

(desculpas pública ao Bhuda, porque eu simplesmente deletei do cérebro que ontem era aniversário dele - mesmo tendo conversado com o cidadão menos de 24 horas antes. querido, felicidades, saúde e serenidade, pra que você possa continuar sendo um dos pilares da família sensacional que você tem! gosto demais de vocês e, mesmo longe, mando sempre meus pensamentos bons! saudades!)