ho, ho, ho!

as toalhas com motivos natalinos já foram desenterradas da gaveta. a árvore, montada no canto da sala. a varanda, enfeitada com cascatas de luzinhas esbranquiçadas.

no próximo dia 24 a manhã vai começar com cheiro de comida. e vai ser um corre-corre, coisas assando, a cozinha do avesso (eu detesto cozinhas do avesso!)... todas aquelas coisas de bagunça, como canetas que não escrevem, durex que não colam, lembrancinha de aniversário do primo mais novo, garrafinhas de água vazias, o espremedor de laranja industrial, os carretéis de linha, as correspondências, os pedaços quebrados de qualquer coisa que ficou ali perdida pra ser colada com o super-bonder.... tudo isso - que eu sei que não são itens exlcusivos da minha casinha -, simplesmente vai desaparecer. as coisas serão atiradas em gavetas e armários ou amontoadas no quartinho dos fundos, que a mamãe carinhosamente chama de ateliê.

no começo da noite, chegam os avós, os tios, os primos, e as panelas, com mais comida. muita, muita, muita comida, de todos os tipos. e tem os doces! uma mesa só de doces, onde vovó nunca deixa que faltem as minhas rabanadas. delícia.

adoro o Natal. acho o máximo cada detalhe brega da noite mais esperada do ano. e, pode mesmo ser a esperança industrializada que já dizia Drummond, mas, não me importo. quando eu paro no canto da sala pra ver o fuá que aquilo vira depois do brinde, com papel de presente voando pra todo lado, uns se abraçando, outros chorando, meu pai com a máquina fotográfica tentando registrar tudo.... esqueço o sentido de data comercial, dos sufocos pra comprar os presentes, da sujeira que vai sobrar pra eu limpar, dos quilos adquiridos com a ceia..... esqueço, deleto, apago, porque tudo se mistura a expectativas e felicidades de gente que não finge, pelo menos ali, naquela hora, que está feliz.
nem tudo são maravilhas nessa vida, ninguém é perfeito, arranca-rabos às vezes rolam, mas família, meus queridos, é família. não existe Natal sem ela.

e ho, ho, ho pra vocês! =)