monday (bloody), monday....

triste. deprimente, na verdade. milhares de pessoas se dispuseram em filas indianas, com guarda-chuvas, bonés, garrafas d'águas, viseiras, cadeiras de praia e coragem, além de uma dose extra de paciência. ou melhor, dose extra coisa nenhuma, a falta dela em muitas ocasiões, eu diria.

pra quê? ah, lógico, era pra ver U2 e o Franz Ferdinand.

aquilo virou um inferno. com um calor típico da região dos quintos: 33º graus, na moleira.

eu? hum, estava aqui, nessa mesma cadeira, cabeção no ar-condicionado e tals, até reclamando. quando começaram a surgir as primeiras notícias sobre a baderna e o inconcebível dessa venda de ingressos, tratei de entoar o mantra interno, convencendo a minha mesma de que aquilo era uma completa loucura.

não me lembro de ter visto nada parecido nos últimos anos. vai ver teve sim, mas não me lembro. e vou me lembrar do que eu vi ontem por muito tempo ainda, porque EU queria ser uma das muitas gritando enquanto o Bono cantava One ou Vertigo, ou ainda I stil haven't found what I'm looking for. é, eu já desisti da idéia. não vou contratar nenhum velhinho nem vou pedir pra única grávida que conheço agora ir até o meio do auê pra comprar ingressos. alias, desembolsar R$200,00 ou, na melhor das hipóteses, cenzinho, é quase o suficiente para um ataque histérico.

ontem, quando a minha chefita ainda me ligou pra tentar um consolo, respondi que eu ia era comer o peixe assado da minha mãe, beber uma cerveja com o meu amigo-amore e meu irmão, além de roubar um beijo do meu namorado. O U2 que me perdoe, mas eu sou mais eu (mesmo triste).