nós (e o) carnaval

não há grandes explicações. não tem pressa, não pesa, não sufoca, não desgasta. é assim, como nós somos, como sempre fomos, quase sem mudanças com as coisas, as pessoas e as situações ao redor.

só que eu, que me julgava ser moderna demais, paciente o suficiente, resolvida ao extremo, descobri que no fundo sou carente, e que sinto muito a falta dele, quando sei que ele não vai chegar.

são 4 dias, provavelmente 5. e vai ser divertido, ah vai, mas não tanto assim...

São Luiz do Paraitinga e Caconde são os destinos. distantes, muito mais do que seria o mínimo.

não tem choro, nem brigas, muito menos discussões. não vi nada disso acontecer com nós dois não.
mas, tem saudades antecipadas, daquelas que fazem com que suma a vontade de falar, que diminuem a empolgação e fazem pensar se seria mesmo tão necessário assim planejar as coisas desse jeito.

sem dramas, não vamos estar juntos. a parte excelente é que não há raiva ou tristeza porque a confiança é absurdamente grande. a parte de dar nó no peito, é que coisas perderam muito da graça porque eu sei que ele não vai estar comigo.

sem querer ser piegas - porque coisas de casais são lindas para os mesmos, mas muitas vezes se tornam um porre sem tamanho pra quem lê -, não há mais muitas das sensações que pra mim pareciam eternas.

não acho mais que ninguém nunca vai ser capaz de comprar a briga por mim. o moço aí de cima já comprou. não sei por quanto tempo, não sei por quais motivos, mas não faz mal. e foi paz de espírito que eu ganhei junto com o pacote, sabe? e ela, ninguém quer nunca perder de vista. nem eu.

confetes, serpentinas, gritaria, bebedeiras e loucuras reais para os que desejam.

para os que fazem parte de um outro time, sol, sossego, música boa, sono de balanço de rede com abraço. mesmo que sejam só por pensamento.

é carnaval, minha gente....