terça-feira, setembro 19, 2006

nuggets e capitanias hereditárias

Barra do Uma é uma graça. a faixa de areia branquinha fica entre o mar azul e o riozinho de águas verdes. um de cada lado. perfeito (ok, às vezes o rio fica com cheiro de gasolina por causa dos barcos, mas.... quem se importa?)

casal-moreno tinha caprichado nas compras. MUITA coisa pra comer – muita mesmo, imaginem uma lista boa e incluam aí um pote de Nutella e + 5 caixas de BIS – mas nada do que estava na casa foi digerido em tanta quantidade quanto os super-nuggets. vocês não fazem idéia de quantos desses franguinhos vieram no saco-monstro que o povo levou pra praia. dava pra alimentar uma família de 12 irmãos por duas semanas (é, eu exagero mesmo). não quero nem ouvir falar em “pequenos pedaços de frango empanados”. cruzes! (mas, assamos todos, tava bom, tava bom).

o ápice da viagem, porém, ficou por conta do divertimento noturno da própria sexta-feira (não, nada de balada. era muuuuuuuuuuuuuito mais legal). é impossível descrever a felicidade do ser que, após ultrapassar a barreira das duas décadas de vida, descobre um jogo de tabuleiro chamado Imagem&Ação. impossível. só quem viu minha cara, meus desenhos, minhas mímicas e meus ataques, pôde ter uma leve idéia.

melhor momento de todos: tinha que fazer a minha equipe adivinhar “Maceió”. peguei a folha de papel, usei todos os meus dotes artísticos e desenhei o mapa do Brasil. ficou lindo e todo mundo entendeu o que era. me empolguei, óbvio. tentei lembrar da localização exata de Maceió e, sei lá porque cargas d´água, fiz uns riscos horizontais no mapa. terminei de riscar e veio o berro do moço-do-casal-moreno:
- Já sei! CAPITANIAS HEREDITÁÁÁÁÁRIAS!

(é, definitivamente meus dotes artísticos não servem pra nada!)

esse começo de setembro em Barra do Una teve churrasco, sorvete caído na areia (quando ele era o ÚLTIMO do carrinho do tio e não dava mais pra comprar outro), filme brasileiro, curso pra fazer a pedrinha pular várias vezes antes de afundar quando arremessada na água, ataque de rinite duplo e amigos queridos. e foi sensacional por uma mistura de tudo isso, é verdade, mas o que pesou mesmo foi uma única coisa: a falta de expectativas. nada tinha a obrigação de dar certo, de ser bom. eu só queria paz pra cabeça e umas risadas sinceras. ganhei um feriado perfeito.


(pronto, fim da história. ah! a moral dela? “as coisas nessa vida são infinitamente mais leves quando não há expectativas pra serem frustradas”. sejam felizes, pessoas queridas. nada no mundo paga a leveza das coisas simples – e sinceras)


3 comentários:

Thá disse...

“as coisas nessa vida são infinitamente mais leves quando não há expectativas pra serem frustradas”. sejam felizes, pessoas queridas. nada no mundo paga a leveza das coisas simples – e sinceras)...

Lindo, Ju! Fiquei emocionada
Beijo

Anônimo disse...

Lindo.

thais disse...

que delícia....

mas eu gosto de ter expectativas.

beijo