Hoje acordei sentindo saudades. Acordei sentindo cheiros que me lembram pessoas e lugares (assim, no plural mesmo). E fiquei com uma massa gelada, passeando por entre a pele e meus ossos. Tenho frio, e não é por causa do ar. É tudo culpa dela!
Faz pouco tempo chorei de raiva, numa conversa desgastante (só pra variar). Chorei muito, com o sentimento queimando e entalado no gargalo da minha garganta. Raiva, por ter perdido espaços de pessoas queridas, por não saber mais quais são eles. Não conseguir distinguir, dissociar, lidar com a ausência e a maldita falta. Perder uma coisa chamada convivência. Raiva de mim, e não só de mim.
As escolhas. Eu tive que fazer a do desaparecimento, do tempo, do silêncio. Tinha que parar de sangrar, senão ia manchar tudo e espirrar tristezas pra todo lado. E aí? Ficou a saudades..... domingos sem visitas e nada das conversas.
Aaarg!!! E isso tem um gosto amargo.
Nessa segunda eis que o telefone toca, no visor um nome conhecido, o coração bate 10 vezes mais rápido e fica do tamanho de uma noz. “Oi querida!”.
Pronto, podia sentir toda a angústia saindo pelos poros, ao mesmo tempo em que a saudade roubava o ar.
Mas que bela porcaria! 5 minutos de conversa e o sono só depois dos soluços. E esse não era de raiva. Era de vontade de um abraço. Que eu ainda posso ter, mas não sei se consigo sem doer ainda mais.
Hoje a febre voltou. Mas sei que daqui a pouco ela passa.
quarta-feira, setembro 01, 2004
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2 comentários:
Fica bem, Jú!
Bjs,
Grê
Jú, a febre já passou... lembre de STL, das cachoeiras, das rodas de violão, do olhar pro nada à beira de uma pedra... veja as fotos, todas elas. E aí, olhe pra frente... e vc vai ver que ela passou sim! Beijocas... Clá
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