eram pouco mais de 09h. mesmo sabendo estar atrasada, eu caminhava a passinhos curtos, meio amarrados. não que faltasse vontade para chegar logo ao ponto de ônibus. o que faltava mesmo era a liberdade de movimentos. tudo por conta da sainha de lã que eu alegremente estreava.
naquela tarde eu teria uma reunião importante e, com o frio glacial que caia sobre essa terra, havia resolvido desenterrar a sainha de lã herdada da minha cunhada-queridoca. pois bem, saia preta, corte reto, colada no corpo por conta dos quilos a mais que resultaram da minha fase pé-na-lama-eu-quero-é-mais, meia fio 80 (por sinal, também presente da cunhada-queridoca. obrigada, Chel, por me deixar mais elegante! hehehe) bota preta (comprada com o SEGUNDO salário que eu ganhei na vida. adoro) e eu me sentindo toda pirilampa com o modelito pouco usual.
no curto caminho entre o portão de casa e o ponto de ônibus, maquinava estratégias para subir no coletivo sem passar vergonha. não consegui pensar em nada muito inteligente, a não ser subir a bendita da saia até a garganta e fingir que eu era uma louca calorenta, querendo mostrar ao mundo que eu não sabia o que era pudor. desisti da idéia, por motivos óbvios.
então, eis que chegou o bus e eu tratei de subir as escadinhas. mas foi só esticar um pouco mais a perna no esforço de adentrar no coletivo que eu ouvi um barulho apavorante de tecido esgarçado. não tive coragem de olhar pra trás e checar a reação do moço que subia os degraus na minha seqüência. foram alguns segundos de pânico até conseguir me sentar e analisar o estrago.
disfarçadamente chequei as laterais e o zíper. tudo ok. quando verifiquei a parte de trás da saia... tive alguns segundos de uma histeria mental descontrolada antes de decidir o que fazer. resolvi descer no próximo ponto e pegar o primeiro ônibus de volta pra casa.
e o medo do rasgo abrir ainda mais na hora de subir no segundo ônibus? fiz uma cena meio bizarra, subindo meio de lado, meio ajoelhada, não sei bem o que foi aquilo. só sei que, sem uma noção muito clara de qual era o tamanho do rasgo, desci estrategicamente um ponto depois daquele de costume, num lugar menos movimentado, pra não correr o risco de passar vergonha na frente de muitas pessoas conhecidas.
pra meu alivio, a tragédia não tinha sido das piores. embora estivesse me sentindo como em um daqueles pesadelos de infância, em que você sonha que está pelado no meio do pátio do colégio e todo mundo te aponta gargalhando (e você não tem nada pra se cobrir nem pra onde correr), nada de vergonhoso saltou aos olhos dos transeuntes naquela manhã de terça-feira.
menos mal. o duro, agora, é ter que encarar, todos os dias, o mesmo moço, única testemunha real da minha falta de noção. :)
segunda-feira, julho 14, 2008
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7 comentários:
hahahahahahahahahaahhaahahah
lendo assim nos mínimos detalhes parece mais desatroso do que quando vc me contou. aii senhor ! muito bom ! da próxima vez juro que te dou uma calça jeans...
hahahaha beijao queridoca !
Hahahahahahahaha Foi por causa da danada que você não apareceu no meu aniver!
Ai Juju...Você é uma figurinha!
Ótimo te ver hoje!
beijos
hauhauahuahuhua
ai ai
hauhauahauahuahauhuaauahuahauhauahauahahuhahuahauhuhauahuhauahaua
desculpa. mas hauahuahauahuhauahuhuahauahauahauahauha
ai, senhor....
hahahahahahahahahahahahahahahahh
e eu achando que o mico era chegar na balada um dia depois e ainda ligar pra vc de madrugada .... hahahahahahahahahahahahahahahahahahah
siiiiiiiiiiiiiiiiiish
calma Helena para de rir da tia Ju ..................
bjks linda
olha o outro comentário ai de cima tb é meu tá bjs
hahahahahahahhahahahahahahhaha
Que maldade, juro que não vou rir de você, Ju.
...
...
...
Hahahahahahahahaha!
:)
ótema, Jú.
Saudadeeeeeeeees.
bjs.
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