mas aí desisti de pensar no medo, e resolvi que ia encarar mais do grande sertão (que eu tava achando um porre no começo, mas que eu juro que agora eu to gostando, e acho que vou encarar as outras 400 e tantas páginas que ainda faltam).
e o que aquela quase-bíblia me cospe bem na hora em que eu abro na página 168?
“Tem diversas invenções de medo, eu sei, o senhor sabe. Pior de todas é essa: que tonteia primeiro, depois esvazia. Medo que já principia com um grande cansaço”
Af! E foi desse medo que eu me lembrei antes de ler. Medo que dá cansaço, que consome antes mesmo de existir. A pré-ocupação que vem com uma angústia, e aí vira medo.
Não contente em me dar um chacoalhão, o Riobaldo continua:
“Desespero quieto às vezes é o melhor remédio que há. Que alarga o mundo e põe a criatura solta. Medo agarra a gente é pelo enraizado”.
!!!!!
Acho que vou é ficar beeeem quietinha......
Um comentário:
Riobaldo é insaciável. Olha o que ele diz na página 327 (na 19ª edição, pelo menos)...
"Só se pode viver perto do outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinoh de saúde, um descanso na loucura. Deus é que me sabe."
Não será esse o antídoto do tal medo?
Beijos,
Amanda
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